Saneamento: uma volta ao passado?

Em artigo escrito pelo nosso presidente Yves Besse para o Correio do Povo, são levantadas questões relevantes sobre as propostas para o saneamento básico no país ventiladas pelo novo governo.
Em um manifesto recentemente divulgado por mais de 90 entidades do setor de saneamento, defende-se o retorno a um passado onde os problemas da área não foram, nem de longe, resolvidos.
A proposta, defendida no manifesto, é retornar ao modelo que vigorou nos últimos 50 anos e que foi a base dos governos petistas anteriores. Em comparação, o novo marco de 2020 prevê solucionar os problemas em apenas 13 anos, o que não foi conseguido em meio século.
Um modelo comprovadamente ineficiente. Que o nosso futuro não seja repetir os erros do passado.
Essas entidades, comprometidas com interesses políticos e corporativos, se opõem a essa proposta. Por trás de uma retórica que inclui frases impactantes como “a água é pública e não pode ser privatizada”, existe a defesa de um modelo excludente que nega o acesso ao saneamento à população mais pobre, enquanto cobra tarifas mais elevadas que as praticadas pelas operadoras privadas.
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