Artigos 2 anos atrás

A Sinfonia do Saneamento

Nossa Fundadora e Diretora Executiva, Daniela Pinho, evidencia nesse artigo a importância da gestão humana de todas as partes interessadas na rentabilidade dos projetos de saneamento.

A importância da harmonia e da parceria entre todas as partes interessadas para a rentabilidade dos negócios 

Há um tempo escutei de um investidor: “Saneamento é ESG Raiz”. Como estudiosa há mais de dois anos sobre assuntos relacionados a ESG e sustentabilidade (muito antes de todo frisson sobre o tema), além de ser apaixonada pelo saneamento; no momento, concordei com ele. Mas depois, esta frase ficou na minha cabeça.

Questionamentos surgiram. O que realmente ele quis dizer? Está se focando somente no fato dos serviços públicos de água e esgoto serem um dos mais impactantes na qualidade de vida das pessoas? Ele realmente sabe o que é uma operação de saneamento?

Logo depois, escutei uma outra afirmação que, dessa vez, me causou incômodo imediato: “A operação de saneamento é muito simples e o mais relevante na rentabilidade do negócio são os recursos financeiros”.

Eu concordo plenamente que a estrutura de capital nunca foi um elemento competitivo tão relevante no sucesso de um processo licitatório no setor. Mas, essa é uma visão muito simplista daquilo que realmente torna um projeto rentável e, mais importante, que possa proporcionar um retorno financeiro ainda maior do que o inicialmente projetado.

Esse longo preâmbulo foi importante para eu conseguir contextualizar minhas opiniões a seguir.

Sim, o saneamento é ESG Raiz. Talvez em nenhuma outra indústria a visão holística e integrada de todas as partes relacionadas seja tão relevante. Gosto de dizer que o saneamento é uma sinfonia entre todas as partes relacionadas e basta uma delas estar desafinada, para prejudicar todas as demais ou, quem sabe, impedir que essa sinfonia atinja a sua total potencialidade e beleza.

Colaboradores, Consumidores, Poder Concedente, Agência Reguladora, Fornecedores, Financiadores, Acionistas, Comunidade, Meio Ambiente, Órgãos de Controle, Imprensa, entre outros. Basta somente uma dessas partes estar desafinada para afetar toda a sinfonia. 

O maestro é o concessionário dos serviços públicos. Antes de tudo, ele precisa entender que atrás dos instrumentos da orquestra (de todos, sem exceção), existem músicos. Existem pessoas, cada qual com suas expertises musicais próprias, mas com vidas pessoais, com todas as suas alegrias e dores. Ou seja, o maestro precisa escutar além dos sons de sua orquestra.

Com essa compreensão, empatia, respeito, amorosidade – mas sem deixar de lado o rigor e profissionalismo necessários – é que o maestro consegue a beleza máxima da sua orquestra.

Assim, a disponibilidade de recursos por si só não é o único determinante pela rentabilidade dos negócios de saneamento. A operação dos serviços públicos de água e esgoto pode ser comparada a essa sinfonia. Na minha opinião, somente com essa consciência, por meio de uma visão mais humana da orquestra, é que as rentabilidades dos projetos do setor no longo prazo poderão ser atingidas e com certeza até serem superadas.

 

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